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Os bárbaros estão vindo: E dá pra começar a estudar semiótica a partir disso 😀
03/06/2020

Já parou pra pensar sobre se as coisas que você sabe são entendidas da mesma forma pelas pessoas a sua volta? Tipo quando duas pessoas falam sobre Futebol, ou pirâmides ou sobre video game, as imagens mentais feitas por cada um são as mesmas? De cara a resposta é não, o modo como vemos as coisas depende muito de quem somos ou do que vivemos, ficou confuso? pois é, é o cérebro fazendo cócegas, isso é um ótimo sinal.

Charles Peirce, um doidera americano e estudioso de Semiótica e simbologia em geral, afirmou que as pessoas exprimem o contexto a sua volta a partir de uma tríade:

SIGNO – INTERPRETANTE – OBJETO

Entenda o signo como a centelha do pensamento, aquilo que ativa o modo como você vai pensar sobre algo, é a parte perceptível e representada de alguma coisa. O interpretante é o modo como cada um dos envolvidos vai entender o assunto, e o objeto é a coisa em si.

Por exemplo: Se em uma conversa alguém chamar você para tomar um sorvete, a palavra sorvete é o signo, a imagem mental que você e quem te convidou fizeram do sorvete é o interpretante, essa imagem é diferente de pessoa para pessoa, e o objeto é o sorvete propriamente dito.

Os signos, para Peirce também são uma tríade a parte formado por

ÍCONE – ÍNDICE – SÍMBOLO

O ícone é uma imagem mental, é uma representação que mais se aproxima esteticamente do objeto. Já o índice, como o próprio nome sugere, são indícios da ocorrência daquele objeto ou fenômeno. Por fim, o símbolo seria o modo mais abstrato de representar algo, normalmente é o nome, e a essa altura você já sacou que um mesmo objeto pode ter nomes diferentes em diferentes lugares do globo, ou seja abstrações mil.

Por exemplo:
Objeto ou fenômeno: Chuva.
Ícone: Desenho de uma nuvem com gotas.
Índice: Nuvens escuras no horizonte, indicando que vai chover.
Símbolo: A própria palavra CHUVA

Este texto é fruto de uma aula de semiótica que ministrei a uma turma de Jogos Digitais. Como reflexão, debatemos sobre o papel dos elementos da semiótica de Peirce para o enriquecimento e coerência dos assets e ambientes dos jogos digitais.
Se quiser ver mais tirinhas, mais artes resultantes das aulas, basta ir lá no insta @profpabloramon.

Vamos continuar essa conversa lá nas minhas redes sociais!

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